sábado, 30 de agosto de 2008

NHÔ ANASTÁCIO

NHÔ ANASTÁCIO

Meu avô sempre recitava umas quadrinhas, que marcaram a vida de todos que ouviram. Ele foi um contador de histórias. Numa época em que as televisões eram raras, e poucas pessoas tinham rádios, os contadores de histórias eram pessoas importantes para a sociedade onde viviam. A garotada do bairro se reunia para ouvir seus "contos". Aventura, amor, terror, para todos os gostos.
Hoje postarei uma parte da poesia, que restou em minha mente.


Nhô Anastácio chegou de viagem,
Viemos saber como é que ele está.
Se não morreu da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contar.
Vim do sertão só prá ver a capital federal.
Vi coisas do arco da velha, que nem se pode contar.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acender sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens cuspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.

Mas ele contava mais ou menos assim:

nhô Anastácio chegô de viage,
Viemos sabe como é que ele tá.
Se não morre da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contá.
Vim do sertão só prá vê a capitá federá.
Vi coisas do arco da véia, que nem se pode conta.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acende sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens guspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.
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Um comentário:

Gi disse...

Gostei!!!! Quero ler mais!!!