sábado, 30 de agosto de 2008

Minha história de vida

Minha história de vida
Não é fácil começar a escrever um texto, ainda mais quando se trata de si mesmo, o desenrolar flui, no entanto o ponto de partida é difícil. Não sei por como começar e nem de onde começar, é difícil lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo atrás. Quando eu era criança me lembro, tinha muito apreço e admiração por minha dentista e então queria muito ser dentista. Achava legal aquele monte de aparelhos que serviam pra limpar nossos dentes e matar os “bichinhos”. Outras vezes queria ser bancaria já que meus pais eram bancários. Sempre que minha mãe chegava com algum presentinho de algum cliente eu mais queria ser bancaria, pra ganhar vários presentinhos. Ainda na minha infância, eu lembro vagamente que minha mãe era sócia de uma amiga, numa escolinha infantil, o nome da escolinha era Rabisco, nunca gostei de brincar de escolinha, a única coisa que eu gostava na escolinha era o carimbo, porque tinha uma borboletinha no logotipo. Não sei que fim teve a escolinha, só sei que não deu certo, mas até hoje nunca perguntei a minha mãe o que de fato aconteceu com a escolinha, não sei nem de onde surgiu a idéia da escolinha. Lembrando disso agora até estou me perguntando o que aconteceu? Quando eu era criança gostava muito de ir na escola, meu pai que me levava, me lembro muito da cena do meu pai arrumando meu cabelo pra ir pra escola, depois ele embalava meu lanchinho e colocava na sacolinha vermelha da Moranguinho, junto com minha garrafinha térmica com suco, também vermelha. Não me lembro direito quem ia me buscar, tenho a impressão que era cada dia uma pessoa, ou meu pai, ou minha mãe ou então minha vó. Nessa época eu ainda amava ir pra escola, ainda mais porque tinha a casinha onde agente brincava no intervalo. Até hoje me lembro da minha formatura do pré em que cantamos uma musica que tinha como refrão “Não é mais que um até logo, não é mais que um breve Adeus...”. Era bem bonitinha a letra e lembro que foi a ultima vez que fui pra escolinha, de certa forma não foi um breve adeus! Agora eu já era uma mocinha, estava na primeira série, ia estudar na mesma escola que meu irmão, ia estudar em um horário diferente, não mais a tarde, mas no intermediário. Hoje em dia nem existe esse horário, eu entrava lá pelas 11hrs e saia umas 15 hrs. Era muito bom pois eu assistia os desenhos de manhã e depois assistia sessão da tarde. A tão esperada primeira séria não tinha nada demais, era a mesma coisa, antes de entrar nas salas ficávamos todos no pátio enfileirados e cantávamos, depois, em ordem, íamos às nossas salas, assim como no pré, porém com uma professora meio chata. Quando passei de ano uma grande mudança aconteceu, não existia o tão amado horário intermediário, e minha escola agora era só de primeiro grau, de E.E.P.S.G. Eugênio Santos passou a ser E.E.P.G. Eugênio Santos. Então comecei a ir na escola no período da tarde, minha professora agora era a Tia Nanci, era considerada uma das melhores professoras da cidade, ela dava aula de manhã numa escola particular e de tarde na nossa. De fato ela era uma boa professora, bem didática, um tanto quanto rígida, cobrava muito de nós, todo dia tinha ditado com as novas palavras, cobrava leituras, enfim, era uma boa professora. Muito do que aprendi foi com ela, desde escrever xícara com “x” como escrever chuveiro com “ch”. Apesar de boa aluna sempre fui falante e a tia Nanci sempre reclava que eu conversava muito e era sempre nas reuniões de pais que eu ficava com medo de apanhar, porque eu sabia que ela ia me dedurar a meus pais. E era sempre assim... meus pais chegavam da reunião e me davam um sermãozinho sobre aprender a falar na hora certa, coisa que até hoje eu tenho uma certa dificuldade em fazer. A tia Nanci sempre organizava excursões na escola, lembro de ir ao Parque da Mônica, ao Zoológico Quinzinho de Barros (em Sorocaba), ao Planetátio (em Campinas), mas a mais importante de todas essas excursões foi ao Parque do Jequitibá, em Campinas. Era um parque meio sem graça só tinha árvore, era muito chato. Porém numa dessas idas ao Bosque do Jequitibá eu assisti uma palestra e um filme sobre o tráfico de animais silvestres, onde eles vendiam macacos e aves, sob condições horrorosas, à turistas. Segundo minha mãe essa foi a primeira vez que eu decidi fazer biologia, cheguei em casa e falei que ia ser bióloga pra cuidar dos animais, e contei tudo o que eu vi no filme e na palestra. Desde então, sempre que me perguntavam o que eu ia ser quando crescer eu respondia que ia ser bióloga.

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