Blog destinado a preservar a história de meu pessoal, com fatos verídicos, sendo que alguns deles aconteceram, outros não.
sábado, 30 de agosto de 2008
Currículo pastoral para uma igreja!!!
Currículo pastoral para uma igreja!!!
Procura-se pastor para uma igreja, Procura-se igreja para um pastor.
Conta–se a história de que uma igreja havia ficado sem pastor, e que um pastor, também estava deixando o ministério em sua igreja, resolveu enviar uma carta para a referida igreja.
A carta foi enviada e o diácono presidente da igreja a recebeu, tendo lido, decidiu fazer a leitura para a igreja em assembléia para deliberar sobre o assunto.
A assembléia mensal transcorria normalmente, até o momento em que o diácono presidente informou que estaria lendo a carta de um pastor, o qual estava se candidatando ao ministério pastoral. A carta dizia assim:
“Graça e Paz! Tomando conhecimento da vossa situação e reconhecendo a necessidade de uma igreja ter o seu pastor, tomo a liberdade de escrever sobre a minha pessoa e apresentar-me como candidato a pastor desta conceituada igreja. Todos sabemos que foi pregado o evangelho até aos mortos, que o fim está próximo e que as provações estão vindo cada vez mais forte, mas devemos confiar nossas almas a Deus. No início do meu casamento eu tive que ficar mais ligado à minha família, e cuidar da minha sogra que sempre estava enferma, mas hoje estou com maior disponibilidade de viajar. Tenho quase sessenta anos, gosto de escrever e já tenho dois livros publicados. Sou pastor há muito tempo e tenho aprendido muito na caminhada cristã. Acredito que tenho algumas qualidades, embora não tenha o diploma de bacharel, pois tudo o que sei, aprendi num curso de três anos. Tenho atuado na igreja como pastor, e tenho enfrentado alguns problemas com colegas de ministério, pelo fato de ter um temperamento muito forte. Gostaria de informar que uma das minhas qualidades é a sinceridade. Digo sempre o que me vem à cabeça e quase sempre sem refletir, mas se eu falhar, não tenho vergonha de chorar e demonstrar meu arrependimento em público. Na minha igreja não gosto que as mulheres usem muitos enfeites e jóias, e espero que permaneçam submissas aos seus maridos. Além do dom de pastorear, tenho recebido de Deus o dom da pregação e muitas pessoas têm se convertido durante os meus sermões. Tenho viajado por muitas cidades e estabelecido algumas igrejas. Espero poder continuar viajando e pregar o evangelho a todas as nações. Devido ao meu ardor pela pregação do evangelho, causei alguns problemas por onde passei. Já estive preso, mas não me preocupo muito com isso, pois sei que uma igreja entende, quando o motivo é por causa do evangelho. Volto a frisar aos irmãos a terem cuidado com os falsos pastores, os quais são hereges e vivem em dissoluções, ganâncias e fingimento. Se os irmãos me derem uma oportunidade, em breve estarei por aí para entrega-lhes os oráculos de Deus. Os irmãos daqui mandam abraços e beijos a todos vocês!”
A leitura da carta provocou um clima de revolta e descontentamento por parte de muitos membros e o clima ia começar a ficar tenso. Ele nem sequer havia assinado a carta.
Alguns queriam saber o nome do pastor e o seu endereço para lhe responder umas boas palavras.
O diácono presidente, que havia esquecido o envelope em casa, deu por encerrada a reunião e prometeu que no culto da noite estaria trazendo os dados do pastor, e com uma oração, encerrou a reunião.
No culto da noite o diácono pregou acerca da vida do apóstolo Paulo e mostrou que a igreja estava indignada em receber um pastor com as características iguais a nada menos do que o apóstolo Paulo.
Pastor Sérgio Nogueira
http://www.msevangelico.com.br/artigos.php?codigo=21
DICIONÁRIO - TEXTO E CONTEXO
DICIONÁRIO - TEXTO E CONTEXO
1. Uma Folha não diz a floresta.
2. No deserto se morre de sede e no mar se morre afogado.
3. Qualquer palavra pode significar qualquer coisa, ou nada.
4. Um texto é meio texto.
5. O sentido está em mim.
1. Uma Folha não diz a floresta.
2. No deserto se morre de sede e no mar se morre afogado.
3. Qualquer palavra pode significar qualquer coisa, ou nada.
4. Um texto é meio texto.
5. O sentido está em mim.
NHÔ ANASTÁCIO
NHÔ ANASTÁCIO
Meu avô sempre recitava umas quadrinhas, que marcaram a vida de todos que ouviram. Ele foi um contador de histórias. Numa época em que as televisões eram raras, e poucas pessoas tinham rádios, os contadores de histórias eram pessoas importantes para a sociedade onde viviam. A garotada do bairro se reunia para ouvir seus "contos". Aventura, amor, terror, para todos os gostos.
Hoje postarei uma parte da poesia, que restou em minha mente.
Nhô Anastácio chegou de viagem,
Viemos saber como é que ele está.
Se não morreu da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contar.
Vim do sertão só prá ver a capital federal.
Vi coisas do arco da velha, que nem se pode contar.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acender sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens cuspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.
Mas ele contava mais ou menos assim:
nhô Anastácio chegô de viage,
Viemos sabe como é que ele tá.
Se não morre da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contá.
Vim do sertão só prá vê a capitá federá.
Vi coisas do arco da véia, que nem se pode conta.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acende sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens guspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.
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Meu avô sempre recitava umas quadrinhas, que marcaram a vida de todos que ouviram. Ele foi um contador de histórias. Numa época em que as televisões eram raras, e poucas pessoas tinham rádios, os contadores de histórias eram pessoas importantes para a sociedade onde viviam. A garotada do bairro se reunia para ouvir seus "contos". Aventura, amor, terror, para todos os gostos.
Hoje postarei uma parte da poesia, que restou em minha mente.
Nhô Anastácio chegou de viagem,
Viemos saber como é que ele está.
Se não morreu da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contar.
Vim do sertão só prá ver a capital federal.
Vi coisas do arco da velha, que nem se pode contar.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acender sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens cuspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.
Mas ele contava mais ou menos assim:
nhô Anastácio chegô de viage,
Viemos sabe como é que ele tá.
Se não morre da febre amarela,
Muitas coisas ele há de contá.
Vim do sertão só prá vê a capitá federá.
Vi coisas do arco da véia, que nem se pode conta.
Ao chegar na estação, logo vi...
Uma luz acende sem pavio.
As gaiolas que chamam de bonde, corriam por cima dos trilhos.
Lá no hotel onde fui hospedado,
Uma terrina pintada na beira,
Os homens guspiam lá dentro nunca vi tamanha porqueira.
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Digitais pela vida
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"Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés." - Bíblia Sagrada - Js 1:3
Minha história de vida
Minha história de vida
Não é fácil começar a escrever um texto, ainda mais quando se trata de si mesmo, o desenrolar flui, no entanto o ponto de partida é difícil. Não sei por como começar e nem de onde começar, é difícil lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo atrás. Quando eu era criança me lembro, tinha muito apreço e admiração por minha dentista e então queria muito ser dentista. Achava legal aquele monte de aparelhos que serviam pra limpar nossos dentes e matar os “bichinhos”. Outras vezes queria ser bancaria já que meus pais eram bancários. Sempre que minha mãe chegava com algum presentinho de algum cliente eu mais queria ser bancaria, pra ganhar vários presentinhos. Ainda na minha infância, eu lembro vagamente que minha mãe era sócia de uma amiga, numa escolinha infantil, o nome da escolinha era Rabisco, nunca gostei de brincar de escolinha, a única coisa que eu gostava na escolinha era o carimbo, porque tinha uma borboletinha no logotipo. Não sei que fim teve a escolinha, só sei que não deu certo, mas até hoje nunca perguntei a minha mãe o que de fato aconteceu com a escolinha, não sei nem de onde surgiu a idéia da escolinha. Lembrando disso agora até estou me perguntando o que aconteceu? Quando eu era criança gostava muito de ir na escola, meu pai que me levava, me lembro muito da cena do meu pai arrumando meu cabelo pra ir pra escola, depois ele embalava meu lanchinho e colocava na sacolinha vermelha da Moranguinho, junto com minha garrafinha térmica com suco, também vermelha. Não me lembro direito quem ia me buscar, tenho a impressão que era cada dia uma pessoa, ou meu pai, ou minha mãe ou então minha vó. Nessa época eu ainda amava ir pra escola, ainda mais porque tinha a casinha onde agente brincava no intervalo. Até hoje me lembro da minha formatura do pré em que cantamos uma musica que tinha como refrão “Não é mais que um até logo, não é mais que um breve Adeus...”. Era bem bonitinha a letra e lembro que foi a ultima vez que fui pra escolinha, de certa forma não foi um breve adeus! Agora eu já era uma mocinha, estava na primeira série, ia estudar na mesma escola que meu irmão, ia estudar em um horário diferente, não mais a tarde, mas no intermediário. Hoje em dia nem existe esse horário, eu entrava lá pelas 11hrs e saia umas 15 hrs. Era muito bom pois eu assistia os desenhos de manhã e depois assistia sessão da tarde. A tão esperada primeira séria não tinha nada demais, era a mesma coisa, antes de entrar nas salas ficávamos todos no pátio enfileirados e cantávamos, depois, em ordem, íamos às nossas salas, assim como no pré, porém com uma professora meio chata. Quando passei de ano uma grande mudança aconteceu, não existia o tão amado horário intermediário, e minha escola agora era só de primeiro grau, de E.E.P.S.G. Eugênio Santos passou a ser E.E.P.G. Eugênio Santos. Então comecei a ir na escola no período da tarde, minha professora agora era a Tia Nanci, era considerada uma das melhores professoras da cidade, ela dava aula de manhã numa escola particular e de tarde na nossa. De fato ela era uma boa professora, bem didática, um tanto quanto rígida, cobrava muito de nós, todo dia tinha ditado com as novas palavras, cobrava leituras, enfim, era uma boa professora. Muito do que aprendi foi com ela, desde escrever xícara com “x” como escrever chuveiro com “ch”. Apesar de boa aluna sempre fui falante e a tia Nanci sempre reclava que eu conversava muito e era sempre nas reuniões de pais que eu ficava com medo de apanhar, porque eu sabia que ela ia me dedurar a meus pais. E era sempre assim... meus pais chegavam da reunião e me davam um sermãozinho sobre aprender a falar na hora certa, coisa que até hoje eu tenho uma certa dificuldade em fazer. A tia Nanci sempre organizava excursões na escola, lembro de ir ao Parque da Mônica, ao Zoológico Quinzinho de Barros (em Sorocaba), ao Planetátio (em Campinas), mas a mais importante de todas essas excursões foi ao Parque do Jequitibá, em Campinas. Era um parque meio sem graça só tinha árvore, era muito chato. Porém numa dessas idas ao Bosque do Jequitibá eu assisti uma palestra e um filme sobre o tráfico de animais silvestres, onde eles vendiam macacos e aves, sob condições horrorosas, à turistas. Segundo minha mãe essa foi a primeira vez que eu decidi fazer biologia, cheguei em casa e falei que ia ser bióloga pra cuidar dos animais, e contei tudo o que eu vi no filme e na palestra. Desde então, sempre que me perguntavam o que eu ia ser quando crescer eu respondia que ia ser bióloga.
Não é fácil começar a escrever um texto, ainda mais quando se trata de si mesmo, o desenrolar flui, no entanto o ponto de partida é difícil. Não sei por como começar e nem de onde começar, é difícil lembrar de coisas que aconteceram há tanto tempo atrás. Quando eu era criança me lembro, tinha muito apreço e admiração por minha dentista e então queria muito ser dentista. Achava legal aquele monte de aparelhos que serviam pra limpar nossos dentes e matar os “bichinhos”. Outras vezes queria ser bancaria já que meus pais eram bancários. Sempre que minha mãe chegava com algum presentinho de algum cliente eu mais queria ser bancaria, pra ganhar vários presentinhos. Ainda na minha infância, eu lembro vagamente que minha mãe era sócia de uma amiga, numa escolinha infantil, o nome da escolinha era Rabisco, nunca gostei de brincar de escolinha, a única coisa que eu gostava na escolinha era o carimbo, porque tinha uma borboletinha no logotipo. Não sei que fim teve a escolinha, só sei que não deu certo, mas até hoje nunca perguntei a minha mãe o que de fato aconteceu com a escolinha, não sei nem de onde surgiu a idéia da escolinha. Lembrando disso agora até estou me perguntando o que aconteceu? Quando eu era criança gostava muito de ir na escola, meu pai que me levava, me lembro muito da cena do meu pai arrumando meu cabelo pra ir pra escola, depois ele embalava meu lanchinho e colocava na sacolinha vermelha da Moranguinho, junto com minha garrafinha térmica com suco, também vermelha. Não me lembro direito quem ia me buscar, tenho a impressão que era cada dia uma pessoa, ou meu pai, ou minha mãe ou então minha vó. Nessa época eu ainda amava ir pra escola, ainda mais porque tinha a casinha onde agente brincava no intervalo. Até hoje me lembro da minha formatura do pré em que cantamos uma musica que tinha como refrão “Não é mais que um até logo, não é mais que um breve Adeus...”. Era bem bonitinha a letra e lembro que foi a ultima vez que fui pra escolinha, de certa forma não foi um breve adeus! Agora eu já era uma mocinha, estava na primeira série, ia estudar na mesma escola que meu irmão, ia estudar em um horário diferente, não mais a tarde, mas no intermediário. Hoje em dia nem existe esse horário, eu entrava lá pelas 11hrs e saia umas 15 hrs. Era muito bom pois eu assistia os desenhos de manhã e depois assistia sessão da tarde. A tão esperada primeira séria não tinha nada demais, era a mesma coisa, antes de entrar nas salas ficávamos todos no pátio enfileirados e cantávamos, depois, em ordem, íamos às nossas salas, assim como no pré, porém com uma professora meio chata. Quando passei de ano uma grande mudança aconteceu, não existia o tão amado horário intermediário, e minha escola agora era só de primeiro grau, de E.E.P.S.G. Eugênio Santos passou a ser E.E.P.G. Eugênio Santos. Então comecei a ir na escola no período da tarde, minha professora agora era a Tia Nanci, era considerada uma das melhores professoras da cidade, ela dava aula de manhã numa escola particular e de tarde na nossa. De fato ela era uma boa professora, bem didática, um tanto quanto rígida, cobrava muito de nós, todo dia tinha ditado com as novas palavras, cobrava leituras, enfim, era uma boa professora. Muito do que aprendi foi com ela, desde escrever xícara com “x” como escrever chuveiro com “ch”. Apesar de boa aluna sempre fui falante e a tia Nanci sempre reclava que eu conversava muito e era sempre nas reuniões de pais que eu ficava com medo de apanhar, porque eu sabia que ela ia me dedurar a meus pais. E era sempre assim... meus pais chegavam da reunião e me davam um sermãozinho sobre aprender a falar na hora certa, coisa que até hoje eu tenho uma certa dificuldade em fazer. A tia Nanci sempre organizava excursões na escola, lembro de ir ao Parque da Mônica, ao Zoológico Quinzinho de Barros (em Sorocaba), ao Planetátio (em Campinas), mas a mais importante de todas essas excursões foi ao Parque do Jequitibá, em Campinas. Era um parque meio sem graça só tinha árvore, era muito chato. Porém numa dessas idas ao Bosque do Jequitibá eu assisti uma palestra e um filme sobre o tráfico de animais silvestres, onde eles vendiam macacos e aves, sob condições horrorosas, à turistas. Segundo minha mãe essa foi a primeira vez que eu decidi fazer biologia, cheguei em casa e falei que ia ser bióloga pra cuidar dos animais, e contei tudo o que eu vi no filme e na palestra. Desde então, sempre que me perguntavam o que eu ia ser quando crescer eu respondia que ia ser bióloga.
Uma visão do mundo
Uma visão do mundo
Agora eu já era quase uma adolescente estava fazendo a formatura de quarta série, tinha ido à excursão do Sítio do Carroção e agora eu ia colar grau, ia entregar um buquê de flor pra não sei quem, ia entrar na passarela com meu pai e depois ia pegar meu diploma. Eu estava lindinha, toda ansiosa e contente por estar ali, tava tão segura com meu pai ali comigo, tinha certeza de que era a mais bonita de todas. Eu estava virando uma mocinha! Passada as férias estava eu na quinta série, agora estava numa escola particular, aquela onde a tia Nanci lecionava. Estava eu e mais metade de minha sala, portanto meus amigos continuavam os mesmos. Continuei nessa escola por mais dois anos, lá tive aula com a Cristiane, filha da tia Nanci, uma professora muito legal e sempre estava sorrindo, parecia gostar muito do que fazia, tive também um ótimo professor de História, com o qual era muito divertido aprender história, ainda mais porque eu o achava lindo. No entanto, acabei mudando de escola. Na sétima série fui pra uma outra escola particular. Na época mudei porque nesta eu podia estudar manhã, enquanto que na outra só tinha horário de tarde, mas hoje em dia, sem dúvida acho essa segunda escola melhor, com professores mais preparados. Fiquei nessa escola até o terceiro colegial. Foi uma escola onde aprendi muito, errei muito e acertei muito. Gostava muito dela, no começo eu me sentia muito deslocada, pois todos meus amigos tinham ficado na outra escola e a nessa escola tinha muitos alunos metidos e mimados, mas aos poucos fui me enturmando e me adaptando e me apaixonando. Essa escola era grande, bonita e tinha várias atividades extra curriculares, tinha feira de ciências, tinha gincana, tinha aula de artes. Era bem legal estudar lá! Acho que realmente aprendi a gostar dessa escola quando fui para o colegial, hoje chamado Ensino Médio. Comecei a participar de um grupo de química, onde nos reuníamos num horário fora da grade curricular para aprendermos química na prática. Íamos ao laboratório e fazíamos experimentos, junto à professora e aprendíamos também o conteúdo teórico, embasado na aula prática. No colegial foi quando tive ótimos professores de matemática, duas professoras que pareciam apaixonadas de fato, uma dessas professoras falava que o primeiro mandamento era: amar a matemática acima das outras matérias, e era engraçado porque ela sempre repetia isso. Sempre que aparecia algum problema que ninguém conseguia responder ela falava pra não ficarmos nervosos e lembrarmos do primeiro mandamento. Ainda no colegial tive aula com ótimos professores de biologia, mas um deles sempre me vem a mente quando penso num professor exemplo. O nome dele era Fabio, “Seu Fabio”, dava aula muito bem, era engraçado, tinha uma ótima didática, de fato prendia a atenção dos alunos, até daqueles que nunca prestavam atenção na aula. E era unânime, todos gostavam dele, mesmo quando ele tinha que ser bravo ou enérgico. Ele era o melhor professor, ao menos pra mim. No colegial me lembro de duas excursões, na primeira fomos ao Petar, fizemos trilhas e entramos em cavernas, achei aquilo muito divertido, mas percebi que caverna não era o meu ramo, me sentia mal em estar num lugar escuro e perdida, dependendo do guia. A segunda viagem fomos à Ubatuba, era uma viagem de estudo, o organizador era o Seu Fabio. Com certeza foi uma das melhores viagens da minha vida, a viagem foi programada para a época de maré baixa e então vimos muitos invertebrados marinhos. Eu achei aquilo tudo lindo e me apaixonava cada vez mais pela biologia, no entanto, no penúltimo dia, íamos ter uma pratica sobre peixes ósseos e cartilaginosos. Ao abrirmos o peixe ósseo eu já senti aquele cheiro e tive um revertério, mas agüentei firme e forte, porém quando abrimos uma raia o cheiro era pior ainda, era insuportável e dentro dela tinha um filhotinho, ai fiquei com dó, com nojo e nossa, foi terrível. Foi quando desisti de fazer biologia, pois não tinha estômago pra tudo aquilo. Voltei pra casa com uma única certeza, não quero mais fazer biologia, acho tudo lindo, mas não tenho estomago para tanto. E assim foi, ainda admirando meu querido professor, mas já não o tinha como exemplo a seguir. Continuei o segundo e terceiro colegial assim, sem saber o que queria fazer depois daquilo. Sabia que teria que fazer alguma coisa, mas sem a mínima noção do que. Em meu terceiro colegial eu fui bem relapsa, mal estudava. Era pra ser o ano de maior dedicação, mas nossa, eu só gastava de ir a escola. Hoje pensando acho que isso foi um reflexo de minha decepção, aquilo que eu sempre sonhei não era tão legal quanto eu pensei que seria, eu não tinha mais um objetivo certo, eu estava ali somente por estar, sem estimulo algum. No final do ano teria que prestar vestibular e só sabia que não seria biologia, pensava em algo relacionado à química, uma vez que era uma matéria a qual me interessava. Fui até em feira de profissões, fiz teste vocacional e cada um dava um resultado, por fim prestei farmácia e engenharia de produção. Obviamente não passei. Em 2004, o ano do cursinho, aconteceu uma mudança na minha vida, literalmente. Minha família se mudou pra uma outra cidade, Sorocaba. Ai foi um caos, não conhecia ninguém, odiava a cidade e assim foi, porém quando comecei a estudar fiz amigos e comecei a gostar da cidade também, foi um ano bem diferente, com amigos novos, lugares novos, porém uma coisa ainda continuava ali... o Seu Fabio. Fiz cursinho na escola onde ele dava aula, e nossa, era muito legal ter ele lá. Na nova escola ele não era tão popular, porém pra mim ele ainda era o melhor. Era a aula que eu mais gostava, era o professor que eu mais gostava e a matéria que mais me dedicava, se não a única. No cursinho ainda não sabia o que prestaria no final do ano e assim foi. Lembro que em 2004, ano do cursinho, um dos pontos mais marcantes foi uma conversa com um amigo do meu irmão, o qual fazia biologia. Conversando com ele, eu contei que sempre quis biologia, mas tinha desistido e ele me incentivou muito a prestar biologia, que era um curso legal, que as aulas praticas eram poucas e que com o tempo se acostumava a lidar com aquilo. Então decidi, novamente, que seria uma bióloga. Chegou a hora de preencher a ficha de inscrição. E ai? Bacharel ou licenciatura? Licenciatura é claro, nem sei pra que serve, mas é vespertino noturno e eu odeio acordar cedo.
Agora eu já era quase uma adolescente estava fazendo a formatura de quarta série, tinha ido à excursão do Sítio do Carroção e agora eu ia colar grau, ia entregar um buquê de flor pra não sei quem, ia entrar na passarela com meu pai e depois ia pegar meu diploma. Eu estava lindinha, toda ansiosa e contente por estar ali, tava tão segura com meu pai ali comigo, tinha certeza de que era a mais bonita de todas. Eu estava virando uma mocinha! Passada as férias estava eu na quinta série, agora estava numa escola particular, aquela onde a tia Nanci lecionava. Estava eu e mais metade de minha sala, portanto meus amigos continuavam os mesmos. Continuei nessa escola por mais dois anos, lá tive aula com a Cristiane, filha da tia Nanci, uma professora muito legal e sempre estava sorrindo, parecia gostar muito do que fazia, tive também um ótimo professor de História, com o qual era muito divertido aprender história, ainda mais porque eu o achava lindo. No entanto, acabei mudando de escola. Na sétima série fui pra uma outra escola particular. Na época mudei porque nesta eu podia estudar manhã, enquanto que na outra só tinha horário de tarde, mas hoje em dia, sem dúvida acho essa segunda escola melhor, com professores mais preparados. Fiquei nessa escola até o terceiro colegial. Foi uma escola onde aprendi muito, errei muito e acertei muito. Gostava muito dela, no começo eu me sentia muito deslocada, pois todos meus amigos tinham ficado na outra escola e a nessa escola tinha muitos alunos metidos e mimados, mas aos poucos fui me enturmando e me adaptando e me apaixonando. Essa escola era grande, bonita e tinha várias atividades extra curriculares, tinha feira de ciências, tinha gincana, tinha aula de artes. Era bem legal estudar lá! Acho que realmente aprendi a gostar dessa escola quando fui para o colegial, hoje chamado Ensino Médio. Comecei a participar de um grupo de química, onde nos reuníamos num horário fora da grade curricular para aprendermos química na prática. Íamos ao laboratório e fazíamos experimentos, junto à professora e aprendíamos também o conteúdo teórico, embasado na aula prática. No colegial foi quando tive ótimos professores de matemática, duas professoras que pareciam apaixonadas de fato, uma dessas professoras falava que o primeiro mandamento era: amar a matemática acima das outras matérias, e era engraçado porque ela sempre repetia isso. Sempre que aparecia algum problema que ninguém conseguia responder ela falava pra não ficarmos nervosos e lembrarmos do primeiro mandamento. Ainda no colegial tive aula com ótimos professores de biologia, mas um deles sempre me vem a mente quando penso num professor exemplo. O nome dele era Fabio, “Seu Fabio”, dava aula muito bem, era engraçado, tinha uma ótima didática, de fato prendia a atenção dos alunos, até daqueles que nunca prestavam atenção na aula. E era unânime, todos gostavam dele, mesmo quando ele tinha que ser bravo ou enérgico. Ele era o melhor professor, ao menos pra mim. No colegial me lembro de duas excursões, na primeira fomos ao Petar, fizemos trilhas e entramos em cavernas, achei aquilo muito divertido, mas percebi que caverna não era o meu ramo, me sentia mal em estar num lugar escuro e perdida, dependendo do guia. A segunda viagem fomos à Ubatuba, era uma viagem de estudo, o organizador era o Seu Fabio. Com certeza foi uma das melhores viagens da minha vida, a viagem foi programada para a época de maré baixa e então vimos muitos invertebrados marinhos. Eu achei aquilo tudo lindo e me apaixonava cada vez mais pela biologia, no entanto, no penúltimo dia, íamos ter uma pratica sobre peixes ósseos e cartilaginosos. Ao abrirmos o peixe ósseo eu já senti aquele cheiro e tive um revertério, mas agüentei firme e forte, porém quando abrimos uma raia o cheiro era pior ainda, era insuportável e dentro dela tinha um filhotinho, ai fiquei com dó, com nojo e nossa, foi terrível. Foi quando desisti de fazer biologia, pois não tinha estômago pra tudo aquilo. Voltei pra casa com uma única certeza, não quero mais fazer biologia, acho tudo lindo, mas não tenho estomago para tanto. E assim foi, ainda admirando meu querido professor, mas já não o tinha como exemplo a seguir. Continuei o segundo e terceiro colegial assim, sem saber o que queria fazer depois daquilo. Sabia que teria que fazer alguma coisa, mas sem a mínima noção do que. Em meu terceiro colegial eu fui bem relapsa, mal estudava. Era pra ser o ano de maior dedicação, mas nossa, eu só gastava de ir a escola. Hoje pensando acho que isso foi um reflexo de minha decepção, aquilo que eu sempre sonhei não era tão legal quanto eu pensei que seria, eu não tinha mais um objetivo certo, eu estava ali somente por estar, sem estimulo algum. No final do ano teria que prestar vestibular e só sabia que não seria biologia, pensava em algo relacionado à química, uma vez que era uma matéria a qual me interessava. Fui até em feira de profissões, fiz teste vocacional e cada um dava um resultado, por fim prestei farmácia e engenharia de produção. Obviamente não passei. Em 2004, o ano do cursinho, aconteceu uma mudança na minha vida, literalmente. Minha família se mudou pra uma outra cidade, Sorocaba. Ai foi um caos, não conhecia ninguém, odiava a cidade e assim foi, porém quando comecei a estudar fiz amigos e comecei a gostar da cidade também, foi um ano bem diferente, com amigos novos, lugares novos, porém uma coisa ainda continuava ali... o Seu Fabio. Fiz cursinho na escola onde ele dava aula, e nossa, era muito legal ter ele lá. Na nova escola ele não era tão popular, porém pra mim ele ainda era o melhor. Era a aula que eu mais gostava, era o professor que eu mais gostava e a matéria que mais me dedicava, se não a única. No cursinho ainda não sabia o que prestaria no final do ano e assim foi. Lembro que em 2004, ano do cursinho, um dos pontos mais marcantes foi uma conversa com um amigo do meu irmão, o qual fazia biologia. Conversando com ele, eu contei que sempre quis biologia, mas tinha desistido e ele me incentivou muito a prestar biologia, que era um curso legal, que as aulas praticas eram poucas e que com o tempo se acostumava a lidar com aquilo. Então decidi, novamente, que seria uma bióloga. Chegou a hora de preencher a ficha de inscrição. E ai? Bacharel ou licenciatura? Licenciatura é claro, nem sei pra que serve, mas é vespertino noturno e eu odeio acordar cedo.
College life
College life
Não fui uma pessoa que se dedicou muito aos estudos, mas sempre contei com a providencia divina, a qual nunca falha. Por muita “sorte”, o que eu chamo de graça, passei no vestibular. Quando comecei o curso foi na UNESP, em Ilha Solteira. Eu amei o lugar, era uma cidadezinha pequenininha, muito quente e com muitos universitários. Era bem divertida, tinha o point que era uma padaria, uma prainha artificial e muitas festas. No entanto, meu nome ainda continuava na lista de espera da UFSCar, mas eu nem mais queria ser chamada. Mas os planos de Deus não eram os mesmos que os meus. Eis que Ele me trouxe pra São Carlos. Cheguei na faculdade um mês depois do inicio das aulas, a sala já tinha suas panelinhas e eu estava ali, perdida, sem amigos. O começo foi estranho, me sentia um peixe fora d´água, mas com o tempo fui conhecendo pessoas maravilhosas, com as quais posso conviver até hoje. Meu primeiro ano foi uma correria, fui uma bixete que quis aproveitar tudo, ia para todas as festas, não sabia como estudar direito, mas sempre fui dessas pessoas que vai levando. O primeiro semestre em São Carlos foi marcante, pela primeira vez meu jeitinho de ir levando não deu certo e acabei levando minha dp, Bioquímica. Depois dessa fui colocando a cabeça no lugar e ficando mais consciente. A respeito do curso, posso falar que nesse mesmo semestre tive a certeza de que estava ali e que era ali mesmo que eu devia estar. Não me via fazendo outra coisa. No decorrer do curso fui encontrando muitos professores, alguns legais, outros chatos, uns coxas, outros casca grossa e assim fui. Até chegar onde eu estou. Terceiro ano! Mais da metade do curso, praticamente 3/4 do curso. Ainda não me vejo fazendo outra coisa, mas hoje eu enxergo tudo de uma maneira diferente. Não sei se é realmente isso que eu quero. Às vezes penso que eu gostaria de estar numa profissão onde eu fosse ajudar mais as pessoas, como no caso de um médico ou de um dentista. Será que eu não seria uma boa dentista? Me importo também com algumas questões ambientais ou até mesmo sociais, será que não devia fazer direito pra poder reivindicar nossos direito e deveres? São tantas duvidas! Sei que como professora posso ajudar meus alunos, tornando-os pessoas criticas e racionais. Sempre acreditei no potencial de transformar vidas através da relação professor-aluno. Mas não sei se eu o sei fazer! No primeiro semestre do terceiro ano tivemos a primeira experiência em sala de aula. Posso dizer que foi uma experiência diferente, estar no papel de professor, consegui enxergar em mim coisas que não gosto em professores. Foi muito legal quando no final do semestre nossos alunos vieram falar que sentiriam falta de nossas aulas. Foi legal, também, quando nesse semestre alguns alunos resolveram participar de nosso projeto pelo simples fato de nós sermos as professoras. Mas ao mesmo tempo não sei dizer se lecionar foi uma realização, não me senti tão à vontade no papel de professor, me sentia muito tensa pra ministrar a aula. Não sei se isso é questão de tempo ou de vocação, a única coisa que sei é que sempre que me sinto nesses momentos de angustia e crise, penso no Seu Fabio e na admiração que eu tinha por ele e principalmente na paixão que ele tinha em sala. Às vezes isso me deixa com a certeza de que não nasci pra isso, mas às vezes isso é o meu amparo, acaba se tornando meu objetivo, talvez não como bióloga, mas como alguém que ama sua profissão tendo assim sua realização.
Não fui uma pessoa que se dedicou muito aos estudos, mas sempre contei com a providencia divina, a qual nunca falha. Por muita “sorte”, o que eu chamo de graça, passei no vestibular. Quando comecei o curso foi na UNESP, em Ilha Solteira. Eu amei o lugar, era uma cidadezinha pequenininha, muito quente e com muitos universitários. Era bem divertida, tinha o point que era uma padaria, uma prainha artificial e muitas festas. No entanto, meu nome ainda continuava na lista de espera da UFSCar, mas eu nem mais queria ser chamada. Mas os planos de Deus não eram os mesmos que os meus. Eis que Ele me trouxe pra São Carlos. Cheguei na faculdade um mês depois do inicio das aulas, a sala já tinha suas panelinhas e eu estava ali, perdida, sem amigos. O começo foi estranho, me sentia um peixe fora d´água, mas com o tempo fui conhecendo pessoas maravilhosas, com as quais posso conviver até hoje. Meu primeiro ano foi uma correria, fui uma bixete que quis aproveitar tudo, ia para todas as festas, não sabia como estudar direito, mas sempre fui dessas pessoas que vai levando. O primeiro semestre em São Carlos foi marcante, pela primeira vez meu jeitinho de ir levando não deu certo e acabei levando minha dp, Bioquímica. Depois dessa fui colocando a cabeça no lugar e ficando mais consciente. A respeito do curso, posso falar que nesse mesmo semestre tive a certeza de que estava ali e que era ali mesmo que eu devia estar. Não me via fazendo outra coisa. No decorrer do curso fui encontrando muitos professores, alguns legais, outros chatos, uns coxas, outros casca grossa e assim fui. Até chegar onde eu estou. Terceiro ano! Mais da metade do curso, praticamente 3/4 do curso. Ainda não me vejo fazendo outra coisa, mas hoje eu enxergo tudo de uma maneira diferente. Não sei se é realmente isso que eu quero. Às vezes penso que eu gostaria de estar numa profissão onde eu fosse ajudar mais as pessoas, como no caso de um médico ou de um dentista. Será que eu não seria uma boa dentista? Me importo também com algumas questões ambientais ou até mesmo sociais, será que não devia fazer direito pra poder reivindicar nossos direito e deveres? São tantas duvidas! Sei que como professora posso ajudar meus alunos, tornando-os pessoas criticas e racionais. Sempre acreditei no potencial de transformar vidas através da relação professor-aluno. Mas não sei se eu o sei fazer! No primeiro semestre do terceiro ano tivemos a primeira experiência em sala de aula. Posso dizer que foi uma experiência diferente, estar no papel de professor, consegui enxergar em mim coisas que não gosto em professores. Foi muito legal quando no final do semestre nossos alunos vieram falar que sentiriam falta de nossas aulas. Foi legal, também, quando nesse semestre alguns alunos resolveram participar de nosso projeto pelo simples fato de nós sermos as professoras. Mas ao mesmo tempo não sei dizer se lecionar foi uma realização, não me senti tão à vontade no papel de professor, me sentia muito tensa pra ministrar a aula. Não sei se isso é questão de tempo ou de vocação, a única coisa que sei é que sempre que me sinto nesses momentos de angustia e crise, penso no Seu Fabio e na admiração que eu tinha por ele e principalmente na paixão que ele tinha em sala. Às vezes isso me deixa com a certeza de que não nasci pra isso, mas às vezes isso é o meu amparo, acaba se tornando meu objetivo, talvez não como bióloga, mas como alguém que ama sua profissão tendo assim sua realização.
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